Centro de Bionegócios da Amazônia recebe expedição da Aberje

Um grupo formado por 18 jornalistas e gestores de Comunicação que desenvolvem ações e projetos no âmbito da Sustentabilidade junto às empresas do setor privado instaladas nas regiões Sul e Sudeste visitou as dependências do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), na tarde desta terça-feira, 03/10, para conhecer as potencialidades do Instituto no processo de desenvolvimento da bioeconomia da Amazônia.

A iniciativa foi da Academia Amazônia Ensina (Acae) em parceria com a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) e visa gerar impacto socioambiental, contribuindo com a formação de jovens e adultos para uma visão ampliada e contemporânea em torno do problema ambiental e das oportunidades de conciliação do desenvolvimento econômico e a conservação ambiental no século 21.

“Estamos muito felizes de recebê-los aqui justamente nesse momento em que o CBA está em uma fase de reestruturação do seu modelo de negócios e vocês serão os propagadores dessa nova forma de ver a Amazônia com suas diversidades e potencialidades. Nosso desafio à frente da gestão do CBA é gigante e por isso estamos trabalhando diuturnamente para fazer com que a bioeconomia se torne a fonte mais promissora da nossa região nos próximos quatro anos”, afirmou o diretor-geral do CBA, Elias Moraes de Araújo.

Durante a visita, o grupo teve a oportunidade de conversar com os pesquisadores do CBA e conhecer algumas das pesquisas desenvolvidas nos laboratórios da instituição, a exemplo do trabalho desenvolvido em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e coordenado pela pesquisadora Simone da Silva que trata da elaboração de bioprodutos derivados da fibra do curauá (Ananas erectifolius). As fibras do curauá são resistentes e duráveis, sendo extraídas das folhas da planta e utilizadas para a produção de diversos produtos, como cordas, tecidos, artesanato, papel e até mesmo componentes automotivos e acústico em construções sustentáveis.

“Eu fiquei muito impressionada com a tecnologia que está sendo desenvolvida aqui. São realmente pesquisas que podem ser aplicadas para o desenvolvimento de muitas coisas úteis. Isso tem que ser replicado em feiras, exposições porque as pessoas precisam conhecer isso. Tudo o que eu vi aqui eu nunca tinha ouvido falar. Dá vontade de sair propagando por aí. Essa fibra resistente que tem várias aplicações e que há todo um conjunto de inteligência por trás da reprodução dessas mudas e que a fibra pode ser usada para itens de segurança como coletes balísticos e na acústica em construções sustentáveis, isso tudo é fantástico”, destacou a jornalista e cofundadora da BH Press, Dulcemar Jacqueline da Costa

A pesquisa que garantiu o aumento da rentabilidade de óleos essenciais de copaíba, andiroba e buriti e o projeto que trata do desenvolvimento de embalagens ativas e biodegradáveis para conservação de alimentos, a partir do amido da farinha, também atraíram a curiosidade do grupo. “Tenho a certeza de que volto para minha cidade, sendo outra mulher, outra profissional e com um outro olhar sobre a Amazônia e com mais chances de fazer uma comunicação mais adequada e mais correta. Seria muito bom que mais colegas e outras pessoas pudessem ter essa experiência”, afirmou a jornalista de Minas Gerais, Lílian Ribas.

A visita do grupo foi acompanhada pelos gestores do CBA das áreas de Operação, Projetos e Administração e Finanças.

Para o idealizador do programa Academia Amazônia Ensina, João Tezza, o trabalho desenvolvido pela CBA terá grande importância para a expansão do ecossistema de bionegócios. “O Amazonas é pujante por diversos motivos. Se tornou grande com a borracha, o látex e se tornará grande também com essa bioeconomia e para isso precisa estar próxima dessas inteligências reunidas aqui”, disse Tezza.

A Academia Amazônia Ensina (Acae) é uma iniciativa educacional que tem como foco o aprendizado em torno da sustentabilidade no contexto do século 21. Para isso, procura estabelecer um processo pedagógico capaz de associar conteúdo acadêmico de alta qualidade, visitas institucionais e vivência local, proporcionando aos alunos uma experiência enriquecedora e única.

As expedições de ensino, educação e pesquisa combinam experiências de visitação com eventos de formação acadêmica e profissional.

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Postagens relacionadas

Embaixadora britânica visita CBA e avalia firmar parcerias de fomento à bioeconomia

Pesquisadores do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA) receberam nesta quarta-feira 8/11, a visita da embaixadora britânica, Stephanie Alki. A representante do governo britânico conheceu alguns dos principais projetos desenvolvidos pelo Centro e as estratégias da nova gestão referente as ações de impulsionamento da bioeconomia da Amazônia.

Pesquisas desenvolvidas pelo CBA são destaque no primeiro dia da FESPIM 2023

As pesquisas realizadas pelo novo Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA) foram destaque no primeiro dia da segunda edição da Feira de Sustentabilidade do Polo Industrial de Manaus – FESPIM 2023, que começou nesta terça-feira, 7 e segue até o dia 9 de novembro em Brasília. O evento tem como objetivo mostrar a importância do modelo Zona Franca de Manaus, não apenas para a Amazônia, mas para todo o mundo, além de reforçar o alinhamento e comprometimento das empresas instaladas no complexo em preservar e conservar o bioma amazônico.